Foi na segunda-feira passada, e só não escrevi nada por falta de tempo. Após ter faltado à quarta prova, e não ter pontuado na terceira (acidente, por culpa de outrém) era imperativo fazer qualquer coisa de jeito nesta prova.
O circuito, Trois-Rivieres, no Canadá, é um traçado citadino, e como qualquer traçado citadino, abundante em muros e escasso em escapatórias. Com curvas cegas e muito apertadas, em que à entrada não se vê o ponto de saída, pura e simplesmente bloqueei e nunca consegui andar ao nível dos mais rápidos. O facto de qualquer descuido numa trajectória resultar num encontro imediato do terceiro grau com o Sr. Muro atrofiou-me as mãos, pés e cérebro desde o início.
Na qualificação, sempre que tentei andar mais rápido..., muro! 14º !!!!
Na corrida, uma excelente largada a passar de 14º para 10º, mas como o que é bom dura pouco, logo na segunda volta um dos pilotos que seguia à minha frente atravessa a 90º à saída de um curva e lá tive a sorte de o encontrar parado na pista. Pensei de imediato que iria ter de ir à box, comprometendo desde logo as possibilidades de pontuar, mas apesar da asa frontal ter ficado com uma geometria criativa, a suspensão frontal direita danificada, o que obrigava a ter o volante rodado cerca de 20º para andar em linha recta, e nas travagens o carro fugir para a direita, resolvi prosseguir.
Afinal, o Sr. Muro foi amigo! Na travagem para uma curva à esquerda, após a zona mais rápida do circuito, só encostando o carro ao muro do lado direito conseguia travar em condições.
Foi inevitável ceder algumas posições, pois fiquei a rodar 2 a 3 segundos mais lento que o habitual, em cada volta. Acabei também por conquistar algumas posições, fruto da desistência de outros. Estabilizei na 9ª posição, para na última volta, na última curva, ultrapassar um piloto com o carro bastante danificado (furo?), acabando em 8º. All in all, foi bom!
Na classificação geral de pilotos o facto de não ter pontuado em duas provas atirou-me para o quarto lugar, mas ainda há muito quilómetro pela frente.