ProduKtividade
quinta-feira, 22 de fevereiro de 2007
O Zé trabalha para uma empresa de dimensão média. Dada a natureza do seu trabalho, o Zé tem uma viatura da empresa à sua disposição, 24/7. O Zé até é um gajo porreiro, por vezes dá umas boleias aos amigos, e já que tem o carro da empresa, aproveita-o para todas as ocasiões. O Zé vai à pesca no fim-de-semana, e o carro da empresa carrega com as canas, iscos, e por vezes algum pescado; os odores que ficam entranhados no carro são apenas um mal menor, e pronto. Claro que alguns dos spots para a pesca são de difícil acesso, e aí o carro da empresa converte-se num todo-o-terreno; lama, erva, suspensões danificadas, e outros males menores não impedem o Zé de fazer com o carro da empresa o que acha necessário ser feito. Às vezes, o Zé gosta de fazer umas habilidades com o carro da empresa; assim, entre uns piões e muita borracha queimada, o carro da empresa lá sofre de um pneu furado, um eixo partido, uma caixa de velocidades assassinada...!
Contingências de andar na estrada - assume a empresa que paga toda a manutenção e arranjos necessários para o carro do Zé..., não, para o carro da empresa entregue ao Zé para que este possa desenvolver a sua actividade.

Será natural que assim seja? Penso que não. Se este tipo de conduta não é aceitável (ou será?), então por que razão é aceitável que se faça o equivalente com o computador da empresa entregue ao Zé? Porquê? E por que razão acha o Zé que tem o direito de fazer o que faz com o carro, ou melhor, com o computador que a empresa lhe entregou para o trabalho? E por que razão a empresa não age como deveria agir? Ou não deve agir de todo?

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.::. João Barbosa @ 11:21 | URL |


2 Comentários:


  • At 22/2/07 12:35, Anonymous Anónimo

    E que quantidade enorme de 'zés' que há por ai. E deve(m) as empresas agir.
    Porque os recursos que o zé usa e ABUSA (com os inerentes gastos supérfluos) poderiam ser empregues em algo bem melhor. Ou não?

     
  • At 25/2/07 08:58, Blogger Manuel

    produtividade...