FDS outra vez???
E sem grande alarido chega mais um fim de semana. Semana curta esta, apenas com dois dias, e que para muitos nem sequer o foi. Pois é, vários professores e alunos não puseram o corpinho na escola, nestes dois dias. No caso dos professores, tal só se pode dever a doenças súbitas, mas que lá para segunda-feira já estarão certamente debeladas. Relativamente aos alunos, acho que fizeram bem, pois vir à escola para ter uma aula por dia decididamente não compensa. E assim se dá o exemplo! Desculpem, mas é daquelas coisas que me revolta mesmo. Gostava de ver os atestados que foram metidos nestes dois dias devidamente investigados! A sério! Mas, se por outro lado, os dois dias foram gozados ao abrigo do art.º 102, por antecipação de férias, o que nestas circunstâncias só pode ser feito com a autorização do Conselho Executivo, e duvido muito que a tenha dado, então as investigações deveriam ser conduzidas noutro sentido. Repito que duvido muito que o Conselho Executivo tenha concedido tal autorização, não restando outra alternativa senão o recurso ao atestado médico (?) para aqueles/as professores/as que..., porra, prolongaram as férias, pronto. Fizeram mal; primeiro, por demonstrarem uma total e vergonhosa falta de profissionalismo; segundo, pelo mau exemplo dado aos alunos.
É um facto que o estado do ensino em Portugal é mau. Digam lá o que disserem, é mau! A política educativa que oscila ao sabor da cor do partido que está no governo, em qualquer instante, nunca poderá ser uma política séria. Mas muitos dos professores também não ajudam nada. Não digo que seja a maioria, nem uma maior parte, mas será uma parte significativa. E não se pense que são os mais antigos, instalados, acomodados, aqueles a quem o dedo deve ser em geral apontado. Não, não são não; na maioria das vezes é nas novas gerações de profissionais do ensino que encontramos professores e professoras que basicamente não querem fazer ponta de corno, só querem é ter dias livres, e..., e pronto. É um síndroma generalizado, arrisco a dizer, este das novas gerações quererem sempre mais, mais depressa e melhor, assim, como se tudo aquilo que ainda não conseguiram, por não terem trabalhado para tal, fossem direitos inatos. *